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Família italiana, oriunda da região do Veneto, província de Vicenza, precisamente a comune de Altavilla Vicentina

Imigrantes que sonharam e lutaram. Famílias de pessoas simples, iludidos, vieram em busca de uma vida melhor, que com muito sacrifício sobreviveram. Vieram para o Brasil para trabalhar nas fazendas de café achando que iam enriquecer-se. Com a abolição da escravidão (Lei Áurea) em 1888, o país ficou sem mão de obra escrava e o governo então, começou a propagar na Europa, vários "slogans" do tipo: "América! Um paraíso os espera! Brasil! Um continente a ser desbravado" etc. Pareciam também figuras de pés de café, com moedas de ouro pendurados no lugar dos frutos, iludindo cada vez mais os europeus, precisamente os italianos. Acontece que a Europa passava por várias crises, inclusive nos campos, onde a base da economia, nas comunas italianas, era a agricultura de abastecimento. Na verdade a grande maioria dos imigrantes italianos eram simples camponeses, que viviam do próprio "lavoro". A península Itálica, em formato de uma bota, resume-se num pequeno país, ao contrário do Brasil, um verdadeiro continente, animaram os italianos a tentar a sorte, com promessas de terra boa e barata. Por vários problemas que a Europa enfrentava, esta família decidiu desbravar a América (Brasil). Eram viagens longas de navio, que duravam em média de 05 a 06 semanas, sem nenhum conforto, nos porões abarrotados de imigrantes."Que coisa entendeis por uma nação, Senhor Ministro? é a massa dos infelizes? Plantamos e ceifamos o trigo, mas nunca provamos pão branco. Cultivamos a videira, mas não bebemos o vinho. Criamos animais, mas não comemos a carne. Apesar disso, vós nos aconselhais a não abandonarmos a nossa pátria? Mas é uma pátria a terra em que não se consegue viver do próprio trabalho? (Resposta de um italiano a um Ministro de Estado de seu país, a propósito das razões que estavam ditando a emigração em massa).

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